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24 de dezembro de 2012


17 de dezembro de 2012

Não vale a pena (?!)

Às vezes, o mais difícil nem é esconder os sentimentos, o mais difícil torna-se quando os queres partilhar e as palavras não surgem, como se não quisessem dar-se a conhecer ao outro, como se não quisessem transformar-se e saírem da boca como melodias. Parece que as palavras têm vida, são teimosas e então queres falar aquilo que estás a pensar e nada sai, elas não querem sair, têm vida própria. Parece, até, que elas te controlam, que controlam aquilo que vais dizer. E tu tentas e elas continuam sem surgir, voltas a tentar (over and over again). Até que tu desistes de lutar e aí elas saem, mas não sai aquilo que tu tinhas estado a pensar, sai uma ideia leve que não transmite nem metade daquilo que tu querias dizer. E chateias-te, com as palavras, contigo mesmo.

- Mas porquê?, perguntas-te.

Eu queria dizê-lo. Agora não tenho coragem. Agora não vale a pena. Agora acho que não está certo. Agora não sei. Agora não vale a pena... Não vale a pena. Eu juro que queria dizê-lo, mas não sei, não vale a pena. E choras e tentas respirar, mas não consegues. Voltas a chorar, voltas a respirar. Ficas chateada, voltas a chorar, voltas a respirar. Dizes novamente:

- Não sei, não vale a pena.

Mas, na tua cabeça tudo vale a pena. Na realidade, vivemos para fazer valer a pena. Mas, as palavras não saem e tu preferes dizer:

- Não vale a pena.

Quando, na verdade, querias dizer tudo aquilo que estavas a pensar, quando estavas a lutar com as palavras. Deixaste de lutar com elas e agora elas saem sem força.

- Não vale a pena.

E à medida que repetes esta frase, parece que ela cada vez tem mais sentido. Mas, depois pensas e não tem, não faz sentido.

- Porque é que não vale a pena?

Devemos fazer valer a pena, então. Este pensamento percorre-me e quero dizê-lo, mas as palavras não me deixam.

- O que é que vamos fazer para valer a pena?

Não sei, só sei que devemos tentar, penso eu. E volto a querer dizê-lo, mas as palavras fogem. Tudo foge, tudo me foge. E eu desisto.
Finalmente desisto. Não contrario a vontade das minhas palavras não quererem sair. Elas têm vida própria. Se elas não querem sair, o que é que eu faço?

E finalmente volta-me ao pensamento frases que parecem ser indicadas:
- Acho que devemos tentar. Tentar que haja algo entre nós. Fazer valer esse algo. Seja pouco ou muito tempo, mas que seja real e verdadeiro. Gosto de ti. Gosto de ti. Gosto de ti. E pode não valer a pena nas minhas palavras, mas no meu pensamento faz todo o sentido. Estou a ser controlada pelas palavras, elas não querem que eu sofra, elas querem que eu te esqueça, que siga em frente. Se calhar, elas têm razão, mas eu continuo a acreditar no meu coração, mesmo quando ele é um cubo de gelo, mesmo quando eu finjo não o ter, ele está lá a dar-me conselhos, mas eu tenho a mania de pensar e depois as palavras não querem sair.

- hmmmmm, não vale a pena.

E acabo por  não dizer aquilo que queria. E enquanto sai um não vale a pena, quase sem se ouvir, sinto uma voz que me diz:

- Porque é que não disseste a verdade? Porque é que desististe?

E eu não quero pensar e...:

- Não vale a pena.

Digo, sem pensar, quando, na verdade, queria dizer:

- Gosto de ti e não sei o que fazer. «Dás-me contrações ventriculares prematuras».

7 de novembro de 2012

Mostra-me


Posso mudar? Questionei-me e quis perguntar-te se gostavas de mim assim, mas não tive coragem. Quis perguntar-te se ainda gostavas de mim, se me querias na tua vida, mas faltou coragem, faltou coragem até para te olhar nos olhos. Como se eu não fosse aguentar, como se eu, ao olhar-te nos olhos, te fosse dizer tudo, tudo o que penso e tudo o que sinto.
Consigo sentir-te em mim sempre que fecho os olhos e fecho os olhos para que te sinta fisicamente presente ao meu lado. Sabes quando uma pessoa sente saudades até daquele estar ali em silêncio? Gosto tanto disso e tu não fazes ideia. Quer dizer, não fazes ideia de nada. Dizes isto e aquilo sem pensar. 
Já paraste para pensar que me magoas? Não há nada que me magoe mais do que achar que me conheces, mas afinal não sabes nada sobre mim, eu sempre quis acreditar que sabias, que me conhecias bem o suficiente, que tudo agora já começava a ser acessório. Sempre quis acreditar nisto. Agora, deixei de acreditar. Não acredito em mais nada. 
Mostra-me. Mostra-me que te importas comigo, que sabes bem mais de mim do que qualquer outra pessoa, que sabes compreender-me pelo olhar e pelos silêncios. Mostra-me que nada disto foi em vão.

22 de setembro de 2012


«Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto.  Não sei sentir em doses homeopáticas. Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar. Não sei brincar e ser café com leite. Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente para me dizer o que sente antes, durante e depois ou que invente boas estórias, caso não possa vivê-las. Porque eu acho sempre muitas coisas  porque tenho uma mente fértil e delirante –  e porque posso achar errado  e ter de me desculpar – e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia. Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada. Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer e me fazer crer que é para sempre quando eu digo convicto que "nada é para sempre".»

Gabril García Márquez

21 de setembro de 2012


Hoje é sexta-feira. Desejo-vos um ótimo fim de semana. :)
Meus pequenos, na terça fui fazer exame de código e passeiiiiiiiiiiiiiiiiiiii :)) e, na quarta, conduzi pela primeira vez :))

11 de setembro de 2012

E parece que o David Luiz está solteiro... vou já marcar a minha ida para Londres.